A importância em sermos desimportantes
Já pararam para pensar na capacidade que temos em nos acharmos únicos? Em acreditarmos que somos extremamente importantes para o todo existir e funcionar?
Essa arrogância nos leva a crer que sabemos de tudo, conhecemos tudo, estamos certos em tudo e faz com que o outro se torne totalmente insignificante para você e consequentemente faça coisas que te irritam por não estarem corretas ao seu modo de viver a vida.
Hoje estou escrevendo esse texto dentro de um avião e enquanto ele levantava voo, e alcançava a altitude para seguir seu caminho fui tomada por esses pensamentos ao ver a terra se distanciando dos meus pés, subindo, vendo tudo abaixo de mim se tornar pequeno e insignificante me dei conta de como somos formiguinhas trabalhando por alguns objetivos e esquecendo que se não o fizermos de forma coordenada e junta nada irá funcionar. Entramos em um loop infinito de realizações vazias, sem significado real de crescimento pessoal e coletivo.
Tenho pensado muito em como chegamos até esse momento como humanidade onde reclamamos dos governantes e fazemos o mesmo que eles na proporção de poder que temos em nossas mãos. Estamos prontos a julgar o outro, porém a nós nunca. Avaliamos o outro como ninguém mas nos jamais.
A busca pelo propósito pessoal está em alta nas redes sociais, porém é impossível alcança-lo sem realizar o trabalho do autoconhecimento, sem olhar para si e entender sobre os nossos próprios defeitos e limites, sem aceitar em nos as nossas próprias limitações.
A realidade que vivemos não está bonita, temos guerras horrorosas acontecendo nos quatro cantos do planeta. Os valores estão sendo questionados e redefinidos. A intolerância predomina e os problemas aumentam em proporções geométricas. Os mais religiosos clamam pelo salvador, os mais céticos clamam por ordem, os mais medrosos garante que o apocalipse se aproxima e os mais corajoso se preparam para a terceira guerra mundial.
Será que se voltássemos a nossa desimportância, realizássemos apenas nossa busca pelo autoconhecimento a vida não ficaria mais leve? Esses atritos não encontrariam a sua solução e buscaríamos uma vida mais pacifica e com significado?
Será que não está na hora de abaixarmos as armas, entendermos que cada um da aquilo que tem de melhor, aceitar que esse melhor é o máximo possível para esse momento, acrescentarmos nosso percentual de realizações ao processo e seguir sem criticas e sem agressividade o mundo não fica mais leve e melhor de se viver.
Aqui no meu papel de formiguinha estou tentada a acreditar que sim, esse é sem duvida um caminho que eu quero seguir e quero te convidar a seguir ele comigo.
Pois analisando os problemas recorrentes de meus clientes onde trato a parte comportamental dos pets, percebo que em 90% dos casos nossos animais estão incorporando as neuroses, angustias, intolerâncias, medos de seus tutores, e vejo através dele a nossa sociedade adoecendo em proporção jamais esperada para uma civilização que está tecnologicamente tão avançada e pronta para realizar grandes e importantes avanços.
Claro que há um código de conduta moral que deve ser seguido e também uma questão de organização básica para não virar uma baderna (pior que a atual!). Mas precisamos de um novo rumo, uma nova realidade e dar a nossa insignificância um significado melhor do que está acontecendo nos tempos atuais.
Trabalhar como formiguinhas coordenadas na busca do progresso pessoal e tendo como consequência o progresso global da nossa humanidade!
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