Ele late/chora toda vez que eu saio. Isso tem solução?
Ansiedade de separação na prática: como identificar e como começar a trabalhar.
Você mal fecha a porta e começa a ouvir os latidos, choros ou uivos. Os vizinhos reclamam, você volta pra casa e encontra objetos destruídos ou xixi no lugar errado. A culpa aperta no peito — e a dúvida aparece:
“Ele vai ser sempre assim? Tem como melhorar?”
Sim, tem solução. Mas antes de tudo, é importante entender que esse comportamento não é manha, nem birra. É um sinal claro de que seu pet está em sofrimento.
O que é ansiedade de separação?
É um distúrbio comportamental que acontece quando o cão (ou gato) não consegue lidar com a ausência do tutor.
Ele se sente inseguro, estressado e desesperado — e isso se manifesta por meio de vocalizações, destruição, tentativas de fuga, automutilação ou eliminação fora do lugar.
Sinais clássicos de ansiedade de separação:
• Latidos, uivos ou miados intensos após a sua saída
• Arranhões em portas, janelas ou móveis
• Tentativas de fuga (abrir portas, cavar, forçar janelas)
• Fazer xixi ou cocô em locais errados
• Mastigar objetos pessoais
• Salivação excessiva, vômitos ou recusa de comida quando está sozinho
• Seguir o tutor pela casa o tempo todo
Por que isso acontece?
• Falta de preparo para ficar sozinho (muito comum em pets pós-pandemia)
• Vínculo dependente demais com o tutor
• Ausência de estímulos no ambiente
• Mudanças bruscas na rotina
• Traumas ou experiências negativas anteriores
Tem solução? Sim — com paciência, constância e estratégia!
Aqui estão os primeiros passos para começar a melhorar:
1. Estabeleça uma rotina previsível
Pets precisam de ritmo no dia. Defina horários para alimentação, brincadeiras, descanso e passeios. Isso traz segurança emocional.
2. Trabalhe a autonomia dentro de casa
Não deixe o pet te seguir pela casa o tempo todo. Incentive momentos de descanso longe de você, com brinquedos e recompensas.
3. Associe sua saída a algo positivo
Ofereça brinquedos recheáveis (como o Kong) ou desafios quando for sair. Isso muda a percepção do pet sobre a sua ausência.
4. Pratique ausências curtas e graduais
Comece com saídas rápidas: 2, 5, 10 minutos. Volte antes que o pet entre em crise. Isso ensina que você sempre volta — e nada de ruim acontece nesse tempo.
5. Evite rituais dramáticos de despedida
Ignore o pet 5-10 minutos antes de sair e ao voltar. Isso ajuda a normalizar a sua ausência.
Quando procurar ajuda profissional?
Se mesmo com essas mudanças o comportamento persistir, busque uma avaliação comportamental especializada. Em alguns casos, é necessário um plano individualizado — e até suporte com terapia integrativa ou acompanhamento veterinário.
Conclusão
Seu pet não está sendo difícil — ele está desesperado por não saber como lidar com a sua ausência. A ansiedade de separação tem solução sim, mas exige respeito ao tempo do animal, mudanças na rotina e uma nova forma de lidar com o vínculo.
Se você precisa de orientação para ajudar seu pet a se sentir mais seguro quando fica sozinho, me chama. Juntos, podemos devolver a tranquilidade à rotina de vocês dois.
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